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Frio é tempo de tricô!

Continuando as tendências do inciante porém prendada, sugiro três modelos fantásticos de pecinhas para esquentar/enfeitar nos dias frios ou mais ou menos:

 

1. Poncho
Poncho Mantiqueira da Pingoiun

Existem ponchos mais complicados, com franjas e detalhes em crochê etc etc. Mas para quem está começando no tricô, nada melhor do que dois retângulos iguais. Veja só a receita:

Material: Pingouin Marrakesh: 3 nov. rondônia (2076); ag. para tricô Pingouin nº 6 ; ag. para crochê Pingouin nº 4; ag. circular Pingouin nº 5.

Pontos empregados
Ponto tricô: tric. Todas as carr. m. ou t.. Barra 2/2: * 2 m.; 2 t.*; 2 m.. Ponto fantasia: seguir o gráfico. Franja em crochê: seguir o passo a passo.

Amostra
Um quadrado de 10 cm em ponto fantasia nas ag. nº 6 = 15 p. x 21 carr.

Realização
O xale é trabalhado em dois retângulos iguais. Montar 68 p. nas ag. nº 6 e tric. do seguinte modo: 4 p. em p. tricô e 64 p. em p. fantasia seguindo o gráfico. A 65 cm do começo, rem.. Fazer outra parte igual começando pelo ponto fantasia.

Modo de armar
Costurar os retângulos seguindo o esquema de montagem. Fazer a franja em crochê na parte indicada no esquema de montagem. Levantar 72 p. na abertura do xale e tric. em barra 2/2. A 5 cm do começo, rem..

E é só! Que maravilha! Muuuito fácil!

 

2. Cachecol

Cachecol Listrado Pingouin 

Lindo, lindo, lindo o cachecol colorido! E o melhor, dá pra fazer com sobras!! Receita a seguir:

Material: Pingouin Sedificada :1 nov. de cada uma das seguintes cores: pisello (1625); néctar (228); m.bronze (723); cereja (353); nínive (701); ag. para tricô Pingouin nº 6 1⁄2; ag. para crochê Pingouin nº 4.
Pontos empregados: Barra 1/1:* 1 m.; 1 t. *; 1 m..Franja em crochê :seguir o passo a  passo (igual ao de cima). Amostra: Um quadrado de 10 cm em barra 1/1 nas ag. nº 6 1⁄2 = 24 p. x 20 carr.
Realização: Montar 46 p. nas ag. nº 6 1⁄2 e tric. em barra 1/1 na seguinte ordem de cores: * 13 cm pisello, 13 cm néctar, 13 cm m.bronze, 13 cm cereja, 13 cm cru * (2 v.), 13 cm pisello, 13 cm néctar, 13 cm m.bronze, 13 cm cereja. A 182 cmdo começo, rem.. Terminado o cachecol fazer nos dois lados menores a franja em crochê seguindo o passo a passo, usando um fio de cada cor para cada grupo da franja.

 

3. Blusa para fazer charme

Blusa Fiesta - Pingouin

Outra blusa facílima e linda. Faça com um fio brilhante e use com um broche bem bonito à noite. Durante o dia, coloque por cima de uma cacharel justinha, sobre uma calça sequinha, e pronto! Linda em cinco minutos! Receita:

Material: Pingouin Neoné – 12 bolas na cor 702 (ouro); ag. para tricô PINGOUIN nº 4.
Pontos empregados: Barra 1/1 – 1ª carr.: * 1 m., 1 t. *
AMOSTRA: Um quadrado de 10 cm em barra 1/1 = 32 p. x 30 carr.
EXECUÇÃO: Frente e Costas são iguais, começando pela parte inferior. Para a parte da frente, montar 98 p e tric. em barra 1/1. A 25 cm do início, rem. acompanhando o p. Fazer a parte de trás da mesma maneira. Para cada tira da parte superior, montar 98 p. e tric. em barra 1/1. A 120 cm do inicio, rem. acompanhando o p.
MODO DE ARMAR: Fechar os lados da parte inferior. Para formar a Frente, por a tira A sobre a tira B, como mostra o esquema de montagem e prender na beirada da parte inferior da Frente com p. invisíveis. Para formar as Costas, por a tira B sobre a tira A e prender na beirada correspondente da parte inferior.

Fiesta - esquema

Dito isso, vamos ao tricô!! Depois posto algumas fotos das minhas artes por aqui…

Falando em tricô… pink!

Lã Pink

Taí uma cor que, se você gosta, favorece todo tipo de mulher. Qualquer idade e corpo pode usar uma peça ou um look total em pink. Fica divertido, feminino sem ser garotinha e chama a atenção. Acho interessante colocar essas cores de primavera num figurino de frio. Além de dar uma esquentada, lembra que ainda há pouco foi primavera e logo, logo o calor estará aí de novo. Uma nostalgia boa.

Se você quiser escolher uma cor para tricotar seu cachecol, estola ou etc, etc, talvez seja uma boa opção. É uma cor “ame-a ou deixe-a”, portanto, caia de cabeça ou fuja. Não existe meio termo com pink.

Vi por aí uma série de fotos de famosas em alta usando look total, peças ou acessórios em pink. Mas não acho, como já disse antes, que isso seja, por si só, uma definição do que nós podemos ou queremos usar. Se alguém nunca gostou dessa cor e viu a Sarah Jessica Parker com um bolero pink, não precisa sair correndo para comprar um. Claro que o que a gente vê mexe com a nossa cabeça, mas é o fim do mundo querer uma coisa só porque “todo mundo está usando”. Há quem viva assim, eu não. Engraçado, comentei com uma amiga minha quando, no auge do verão e da onda azul “bic”, fomos comprar uma saia e a vendedora mostrou logo a azul. Reproduzo o diálogo, muito simples:

– Olha a azul! Tá todo mundo usando! (vendedora)

– É por isso mesmo que eu não quero! rs (eu)

Não é uma questão de princípios, nem de ser do contra. É simplesmente a vontade de não usar uma coisa SÓ porque todo mundo está usando. Moda não é só isso e não é assim que a gente mostra personalidade. Se eu gostasse da cor azul bic, compraria a saia e faria uma customização para que ela ficasse com a minha cara: colocaria uma flor em algum lugar, passamanarias ou sianinhas coloridas e, de repente, a sainha azul que “todo mundo estava usando” teria ficado só com a minha cara.

Dá pra pegar algumas peças chave da estação, como cintura alta ou manga e saia balonê, e não parecer um clone de um editorial de moda. Dá pra usar com personalidade. Quer uma balonê? Use. Casaquinho fofinho? Tudo bem. Mas arrume o cabelo, faça uma maquiagem, coloque um brinco de 20 anos atrás junto. O que você veste tem que contar um pouco da sua história de vida e mostrar quem é você. Um corpo coberto de um monte de “tendências” enterra a personalidade de vez.

Tricô!!

 

2nd Floor - Lucas Nascimento

Eu AMO tricô. Se o dia tivesse 50 horas, passaria pelo menos 30 delas sentada, tricotando. Numa semana dessas, passei tantos dias fazendo tricô que meus dedos ficaram doloridos e com calos. Fui obrigada a dar um tempo mas aquelas agulhas me chamavam insistentemente…

Tem um ponto bem grandão feito com uma agulha que mais parece um cabo de vassoura que é a cara nova da malha tricotada. É linda e, vantagem das vantagens, facílima de fazer. Iniciantes na arte, como eu, sempre procuram peças de grande impacto e pouca complicação, para não desanimar logo de cara.

Uma sugestão que funcionou muito comigo: pegue uma lã ou linha bem grossa, agulhas largas e trabalhe em cordões de tricô (se você já tem alguma noção sabe do que estou falando). Trabalhe peças retas, como cachecóis, estolas e ponchos, assim você não vai precisar quebrar a cabeça contando pontos e fazendo diminuições e aumentos. Eu sou uma negação para números e evito-os ao máximo.

Essas peças grandes, de pontos gigantescos, dão um efeito bárbaro em qualquer produção basiquinha: uma cacharel, uma calça justa, uma sapatilha e, elemento surpresa, uma estola de tricô feita por você! Ainda dá tempo de tricotar uma para o inverno deste ano…

Leia a matéria sobre o Lucas Nascimento, tricoteiro fashion, publicada na Folha de São Paulo no dia 8 de abril de 2008:

 

Um tricoteiro de mão cheia – Com suas maxilãs, Lucas Nascimento fascina os fashionistas brasileiros e estrangeiros

por Camila Yahn, em Londres

 

É normal que os profissionais da moda sejam reconhecidos por seu talento como estilistas, por sua beleza ou até mesmo por suas amizades com celebridades e pessoas influentes. No caso de Lucas Nascimento, o que o colocou no centro das atenções foram seus megatricôs e cachecóis vistos nos desfiles das grifes 2nd Floor e Amapô, na São Paulo Fashion Week, em janeiro. Isso mesmo. Lucas é tricoteiro. Aos 28 anos e radicado na Inglaterra, ele aposta alto na profissão, pouco reconhecida e muito menos badalada.

Em Londres, onde vive desde 2001, Lucas cursa o último período da faculdade Fashion Design for Knitwear (design em tricô), no London College of Fashion, uma das escolas de moda mais prestigiosas da Inglaterra. Quando terminar, ele planeja fazer o mestrado, a convite da diretora do colégio.

Paralelamente, ele é assistente do mestre do tricô Sid Bryan, que cria e produz peças para grifes como Alexander McQueen e Prada. Com Sid, Lucas participou da criação de roupas para Giles Deacon, Jonathan Saunders, Armand Basi e Jasper Conran, todos nomes quentes da moda britânica.

Na última edição da London Fashion Week Lucas assinou seus primeiros trabalhos solo. Fez os tricôs da marca Theatre de la Mode e a jaqueta de fitas de videocassete para o desfile da dupla Basso & Brooke. A jaqueta demorou uma semana para ficar pronta. “E isso porque trabalhei 14 horas por dia”, ele conta, em seu estúdio no descolado bairro de Shoreditch.

Para fazer os megatricôs grossos vistos nos desfiles da 2nd Floor e da Amapô, Lucas usa agulhas gigantes de até 25 mm de diâmetro. A lã muito grossa, como a usada para a Ellus, chama-se Merino Wool e pode custar até R$ 500 o rolo. Portanto, suas peças são sempre muito caras. “No verão é mais fácil de vender, pois uso materiais mais leves, e as peças levam menos tecido, o que diminui o custo”, diz.

O gosto de Lucas pelo tricô é quase hereditário. Desde criança, quando ainda morava em Bonito (MS), ele observava sua mãe “tricotar sem parar”. Aos 11 anos, já era um minitricoteiro.

Adolescente, sabia muito bem o que queria fazer da vida e, aos 20 anos, mudou-se para Londres, a fim de aperfeiçoar seu trabalho. Passou os três primeiros anos como assistente do designer Ziad Ghanem e, de lá, foi trabalhar em um dos brechós mais disputados da cidade, o Beyond Retro.

Nessa época começou a estudar e largou o emprego. Durante o dia frequentava o colégio e, à noite, trabalhava atrás do balcão do George & Dragon, um pub pequenino e original, frequentado por stylists, artistas, modelos e estilistas famosos. Esse contato com tanta gente interessante, e a sua cabeleira negra, colocou Lucas no mapa fashion da cidade. Ele já foi um dos escolhidos para participar de um editorial da revista “Pop” que apontava as personalidades mais bacanas da moda. Apareceu na revista ao lado de Kate Moss e Raquel Zimmermann.

Aos poucos, começou a conquistar seus próprios clientes. “Estou numa posição privilegiada, em que posso desenvolver vários projetos para marcas diferentes. É fascinante como cada designer tem um processo criativo diferente do outro. Estou aprendendo muito.”

Voltar a morar no Brasil, por enquanto, não faz parte de seus planos. “Estou completamente adaptado em Londres e muito feliz por poder trabalhar para marcas brasileiras mesmo vivendo fora do país”, afirma.

Agulhas

É impossível para mim falar de estilo próprio sem falar de customização. Qualquer moça prendada pode e deve se interessar por costura e artesanato, especialmente aqueles que tem a ver com agulhas: tricô e crochê.

Dentre todas as vertentes da idéia de fazer maravilhas com fios (tricô, crochê, crochê tunisiano, crochê de pino, tear etc…) , posso dizer que sou iniciante no tricô e começando a dar os primeiros passos no crochê. É simplesmente delicioso.

Tem um blog que eu gosto muito e recomendo a todos os que se interessam por agulhas: http://feitoamao.typepad.com/montricot/. Sempre passo lá pois as coisas são inecreditavelmente lindas (e difíceis!! mas ainda sou uma aprendiz).

Dá uma olhada, você não vai se decepcionar!